quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sobre o ensino

Em entrevista à Folha de SP (http://www1.folha.uol.com.br/tec/1261367-nunca-foi-tao-facil-comecar-algo-diz-criador-do-twitter-leia-entrevista.shtml), Jack Dorsey, criador do Twitter falou rapidamente sobre educação comentando sobre a sensação de aprendizado mais rápido fora da faculdade, como autodidata e trabalhando. 

Jack Dorsey faz parte de uma lista de outros grandes nomes como Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg e nomes ainda não tão conhecidos, como um grupo de 20 alunos de Stanford, que largaram a faculdade para aprender na prática, trabalhando (http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/20-estudantes-de-stanford-largam-a-universidade-para-tocar-uma-startup). Também tenho alguns amigos que seguiram esse caminho.

Esses exemplos me fazem pensar sobre o modelo de ensino seguido por escolas, faculdades e instituições de ensino em geral. Outro dia em um curso na Escola São Paulo algum professor comentou sobre como somos questionadores natos (característica bem marcada pela fase dos "porquês"quando somos crianças) e, quando entramos na escola, somos ensinados à não questionar mais e sim, responder. O pior é que normalmente as perguntas feitas não são as mais relevantes e instigantes. Esse modelo de ensino foi bastante questionado por Seth Godin no livro "Você é indispensável?". Seth comenta que ao invés de usar um modelo inibidor da criatividade, que prima pela obediência e não pelo desenvolvimento dos talentos individuais, as escolas deveriam se preocupar em ensinar duas coisas:
-resolver problemas interessantes, do tipo que vc não encontra a resposta no Google ;o)
-liderar, saber se relacionar

As idéias de Seth Godin têm tudo a ver com outro comentário feito pelo criador do Twitter:
"Sem dúvida as pessoas querem aprender coisas que vão usar. Acho que programas universitários podem ser feitos sob medida para cada um, não acho que ir à universidade significa aprender coisas sem um objetivo. Há potencial para aprender algo inesperado que dê uma perspectiva diferente sobre o trabalho real."

Será que já não passou a hora das instituições de ensino reciclarem seu modelo?