quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Você é indispensável?

Pergunta difícil... O livro de Seth Godin, cujo título é justamente essa pergunta, é um tanto perturbador, às vezes chato e às vezes bem instigante. De cara, o livro me ensinou a fazer uma coisa que eu tenho dificuldade e que, no mundo de hoje, acredito ser útil: leitura dinâmica. Você lê rapidamente de forma que consegue captar algo que te interesse (e nesses pontos lê com mais calma) ou pula algum parágrafo menos útil. E assim consegui ler o livro até o final. Se não tivesse aprendido isso, certamente teria parado de ler o livro...rs
Seria uma pena se tivesse parado de ler pois o livro ajuda a ver o mercado de trabalho e sua trajetória profissional de outra forma. Também consegui transportar alguns exemplos pra minha vida pessoal e isso sempre clareia aquelas partes nebulosas da vida. 
E se a sua resposta para o título do livro é carregada de dúvidas ou negativa, Seth Godin explica que ser indispensável, um "elemento-chave", liderar, inovar e fazer acontecer, não são dons e sim coisas que podemos aprender. E é algo essencial para se destacar no mercado de trabalho em mutação. Então é melhor vc aprender a ser! Mas o mais instigante é que ele não te ensina a ser um elemento-chave, mas ele abre seus olhos para os pontos que resumo a seguir, e, no fim das contas, você tem que descobrir seu caminho.

1-Sobre a sociedade (pessoas como seus parentes, chefes e amigos, entidades como a sua escola):
A sociedade funciona como um sistema que drena nossa criatividade e inquietação para nos fazer "substituíveis", "baratos" e mais uma engrenagem. A frase pode parecer um pouco hippie ;o) Mas se vc ler o livro, fará mais sentido.

2-As diferença entre elementos-chave e engrenagens: a principal é a atitude e não o grau de conhecimento.

Medo: o elemento-chave tb sente mas, enquanto a engrenagem se paraliza, ele reconhece o sentimento, se familiariza com ele e prossegue.

Resistência: está diretamente ligada à uma parte do cérebro responsável pelo medo, raiva, vingaça e sexo. E essa parte do cérebro é mais atuante que imaginamos e muitas vezes nos sabota. O elemento-chave aprende a lidar e driblar a resistência enquanto a engrenagem se entrega.

Arte: tem a ver com paixão, fazer algo que muda quem recebe "essa arte". Aí o autor entra em um discurso às vezes meio viajante ;o) (mas que faz sentido!) sobre como os elementos-chave sabem colocar arte em seus trabalhos e nas pessoas ao seu redor. E como isso transforma tudo...

Criatividade: "Toda pessoa criativa que conheço tem uma penca de idéias ruins, para cada idéia boa". Frase simples do autor, para nos ajudar a refletir sobre a nossa criatividade.

Liderança: um elemento-chave é tb um líder porque descobre como trilhar o próprio caminho e não ter um mapa para seguir. Ele tb aprende a lidar com as más notícias: ao invés de ficar remoendo a situação, é mais produtivo se questionar "isso não pode ser interessante?"

No fim do livro fica um gostinho de reflexão mas tb uma energia enorme para agir!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A cereja do bolo


E depois do casamento, veio a lua de mel. Um dia e meio de viagem para chegar ao nosso destino! Não há pescoço, em classe econômica, que aguente! Entre uma cidade e outra, em uma lojinha de aeroporto, Keith resolveu comprar aquelas "almofadinhas pro pescoço".   Não sei se aquilo tem outro nome mas é assim que chamo ;o) Comprou daquele tipo que enche e esvazia e escolheu uma marca barata, acredito eu que por conhecer o seu poder de perder as coisas... ;o) Quando abrimos a embalagem no início do voo seguinte, havia junto um folder que explicava o quanto aquele produto era diferente  por oferecer um serviço de localização! Através de um pequeno código, que demoramos pra caramba pra achar pois fica quase invisível, eles podem identificar o dono de uma almofadinha perdida. Isso se o dono se der o trabalho de anotar o código da almofadinha em algum lugar que não seja no produto e se a pessoa que achar se der o trabalho de entregar ao achados e perdidos do aeroporto. Difícil de acreditar que pode funcionar! E, se funcionar, esse serviço é bem pouco útil para um produto barato e sem diferenciação nenhuma... Eu estava rindo por dentro pensando em quanto dinheiro e quantas mentes do marketing não foram usadas para oferecer um serviço, na minha opinião, com pouca relevância pro consumidor. Mas o pior estava por vir...O avião decolou super bem mas, quando Keith resolveu encher sua almofadinha pra usar pela primeira vez, ela rasgou! E todo o sonho de sair do voo com o pescoço saudável foi pelos ares..."Todo mundo quer botar a cereja no bolo mas ninguém quer fazer o bolo", lembrou meu sábio maridão ao conversarmos sobre a incoerência que faz uma empresa investir em "serviços" e esquecer da qualidade do produto. Se pelo menos eles oferecessem um serviço de manutenção para almofadinhas de pescoço rasgadas...rs

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Casar dá trabalho e pode dar dinheiro

Esse blog anda um deserto de posts...Mas, para quem não sabe, eu tenho uma boa desculpa: vou casar. Além disso tenho alguns  agravantes: não tenho cerimonialista, sou uma pessoa detalhista, com uma mãe perfeccionista e com um noivo aquariano (leia-se desligado). Isso quer dizer que eu e minha mãe estamos tendo bastante trabalho e, consequentemente, minhas leituras sobre outros assuntos que não sejam casamento estão paradas. Só não digo que estou completamente desatualizada sobre o que acontece no mundo porque ouço sempre rádio de notícias enquanto dirijo. Só porque não tem rádio de casamento, senão eu ouviria... ;o) Imagina só uma rádio só com notícias sobre tendências em festas e cerimônias de casamentos, dicas de fornecedores, festas de famosos, músicas mais tocadas em casamentos, depoimentos de noivas...Será que teria audiência?  Talvez...

Ouvi outro dia na BandNews uma pesquisa recente que afirmava que o número de casamentos civis está aumentando no Brasil. Não achei os dados dessa pesquisa mais atual mas encontrei uma do final do ano passado feita pelo IBGE que afirma que o número de casamentos aumentou no Brasil em 2010. Neste ano, foram registrados 977.620 matrimônios, um aumento de 4,5% em relação a 2009.

E o aumento desses números, reforçam o crescimento do setor e empolgam as empresas já existentes e os novos empreendedores que querem entrar no ramo. No site do SEBRAE (http://www.boletimdoempreendedor.com.br/boletim.aspx?codBoletim=449) uma matéria afirma que, em 2011, os fornecedores de produtos e serviços para festas faturaram R$ 12 bilhões, de acordo com a associação que representa as empresas do setor (Abrafesta). A expectativa da Abrafesta para 2012 é de faturamento na casa dos R$ 14 bilhões. Alguns fatores que impulsionam esse crescimento são o grande número de solteiros, o bom momento da economia, o crescimento da renda da população e a presença cada vez mais forte da mulher no mercado de trabalho.

Só eu conheço pelo menos 3 pessoas que largaram suas profissões de formação e partiram para o mercado de festas e cerimônias. Fora as pessoas que têm isso como segunda fonte de renda. Pelo visto, o que não falta é oportunidade. Boa sorte para as noivas e empreendedores do ramo!

Para ilustrar o post, nada melhor que o meu buquê feito pela talentosa empreendedora Cíntia, da A&M Origami: http://amorigami.com.br/


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Princesas x movimento hippie


Esse não é um post sobre personagens da Disney e sim sobre um grupo de quase 3.000 mulheres "guiadas" por Sarah Sheeva, filha de Baby do Brasil. O programa Fantástico, que raramente leva algo de interessenate às nossas telas, noticiou há quase um mês sobre esse movimento um tanto interessante que eu não conhecia.

No "culto das princesas", só frequentado por mulheres, elas aprendem que sexo e beijo na boca, só depois do casamento. Além disso, aprendem a  "como deixar de ser cachorra". Vejam o vídeo da Folha: http://www.youtube.com/watch?v=4dsc3EsO_mk

Não vou opinar aqui se sou contra ou a favor do movimento porque não foi isso que me interessou e sim as origens do mesmo. Sarah Sheeva, foi criada no meio dos Novos Baianos, grupo de músicos que viveram um tempo em uma comunidade hippie, primeiro em um sítio no RJ e depois em uma fazenda em SP.  Isso tudo em plena ditadura militar. Acho interessante uma pessoa que tenha sido criada em um ambiente de tanta "liberdade", pense de maneira mais conservadora hoje em dia. Isso mostra como os comportamentos sociais são cíclicos e como a liberdade de expressão é importante (seja ela qual for). "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso..."

http://www.youtube.com/watch?v=7KTDCNgt_eQ&feature=related

domingo, 9 de setembro de 2012

Colaboração

O tema me deixou bastante curiosa mas, já no início da leitura, percebi que era um livro meio distante da minha realidade atual: "o segredo dos grandes líderes para evitar armadilhas, promover a união e conseguir excelentes resultados".  E realmente o autor fala para "os grandes líderes". Ele não enfoca a forma de gerir uma equipe colaborativa e sim uma empresa. Mesmo ainda não sendo um grande líder ;o) resolvi ver o que essa leitura poderia me oferecer...

Primeiro entender o conceito básico de colaboração. Apesar da palavra ser bem intuitiva, ele explica que a idéia de colaboração são profissionais de diferentes áreas trabalhando em equipes com tarefas compartilhadas ou que se ajudam mutuamente. Bonito na teoria ;o) Em seguida ele explica como fazer isso funcionar.

O ponto de partida para aplicar a colaboração é avaliar as oportunidades: obteremos grandes vantagens com uma cultura colaborativa? O líder deve analisar o potencial para a organização como um todo: se a colaboração vai promover  inovações melhores, vendas maiores, operações mais eficientes, transparência e melhores práticas etc. Se a vantagem não for significativa, é melhor não ter equipes colaborativas.

O segundo passo é identificar as principais barreiras à colaboração nas equipes. As principais que ele aponta são a falta de motivação e a falta de habilidade.

O terceiro passo é buscar soluções para essas barreiras e ele nos mostra três tipos:
-mecanismo de unificação: ter metas claras e comuns. Essas metas devem ser envolvidas por um discurso atraente. Acho que aí entra o poder dos grandes líderes de influenciar pessoas e fazer com que elas se movam rumo a um objetivo em comum. Steve Jobs obviamente super citado no livro.
-mecanismo de pessoas: identificar e fazer com que as pessoas certas colaborem nos projetos certos.
-mecanismo de redes: criar redes intepessoais em toda a empresa para que os funcionários estejam mais aptos a colaborar. Segundo o autor, essas redes funcionam melhor do que as hierarquias formais. Mas ele logo alerta para o perigo das pessoas ficarem tão "conectados às redes" e produzirem menos. O perigo do networking virar um fim e não um meio.

Tem um vídeo legal que aborda o tema colaboração e passa por alguns outros pontos não comentados por esse autor (Morten T. Hansen). Eu gostei especialmente porque me deixou curiosa para ler o próximo livro da prateleira que é sobre inovação ;o)
http://www.youtube.com/watch?v=NsndhCQ5hRY&feature=related

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

DJs nos dias de hoje

Outro dia li uma reportagem no Jornal O Globo onde DJs mais tradicionais criticavam alguns profissionais da área chamando-os de falsos DJs, acusando alguns de fazerem sets pré-montados e de serem mais celebridades do que realmente DJs. Não sou entendedora de música mas a sensação que tenho é que alguns profissionais (não só dessa área mas de diversas outras) se negam a enxergar que o consumidor mudou (e continua mudando!) e que existe espaço para todos os tipos de profissionais. Sempre haverá uma galera mais entendedora de música que vai valorizar o trabalho dos caras que se dizem DJs de verdade. Mas se o DJ quiser ser ídolo "da massa" talvez seja mais importante se render à "sociedade do espetáculo" e ser um showman, mesmo que para isso leve os sets já montadinhos de casa.
E para entrar no clima de dos DJs showman:
http://www.youtube.com/watch?v=PwkAXvGXN0o

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bem-vindos!

Esse ano foi, e está sendo, um ano de muitas mudanças na minha vida. Nada melhor que poder compartilhar meus pensamentos, reflexões e questionamentos em momentos como esses. E para estreiar o blog, lembrei de um vídeo muito bom sobre mudanças, gerações e comportamento. Não é extremamente novo mas é atual. Vale ver. Bem-vindos!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Previsivelmente Irracional



Acabei de ler "Previsivelmente Irracional" de Dan Ariely. Um ótimo livro para quem está buscando entender melhor sobre si mesmo, sobre como aprimorar suas decisões e detesta livros de auto ajuda. Ou para quem quer entender melhor sobre o comportamento do ser humano para planejar melhor estratégias de marketing e endomarketing.

Ao longo do livro Dan esclarece que a economia tradicional presume que somos racionais, que tomamos decisões lógicas e sensatas. Mas, estudando o processo decisório do ser humano através de diversas experiências, o autor comprova que somos previsivelmente irracionais, isto é, tomamos decisões de forma irracional e repetidamente.

O que gostei do livro é que o autor fez e relata diversas experiências que comprovam na prática as teorias dele. Bem interessante, para quem "só acredita vendo", ou lendo ;o)

Abaixo destaco algumas das teorias mais interessantes do livro mas não cito os experimentos para não deixar o livro sem graça quando vcs forem ler.

*Relatividade: raramente os humanos fazem escolhas absolutas. Normalmente comparamos a vantagem relativa de uma coisa sobre a outra e, deste modo, fazemos a nossa escolha. Constando isso o autor nos estimula a tentar ver as situações de forma mais ampla para romper o cíclo da relatividade e, quem sabe, tomar melhores decisões.

*Ancoragem: nossas escolhas partem sempre de uma referência, uma âncora que geralmente é baseada na sua decisão inicial principalmente quando falamos de preço. Será que não está na hora de fazermos um "levantamento" e avaliar as âncoras que guiam nossas vidas?

*Poder do gratuito: o custo zero ativa um botão emocional, uma fonte de empolgação que está diretamente ligada à ausência do medo da perda (se não há custo, não há perda).

*Normas sociais x normas de mercado: há mais empenho quando se trabalha ou quando se faz qq coisa por uma causa que por dinheiro. Então se querem empenho, lealdade e motivação de alguém busquem estimulá-lo com recompensas sociais e não com dinheiro.

*Poder da auto sugestão e do preço: nossas expectativas e convicções alteram nossa percepção sensorial, nossa vivência subjetiva e até objetiva. Nesse capítulo o autor cita interessantíssimas experiências de cirurgias placebo e outros experimentos feitos por ele.

No final, fica aquela sensação de que conhecemos pouco sobre nós mesmos mas que o livro nos ajudou a conhecer um pouquinho mais ;o)