domingo, 19 de abril de 2015

Um mergulho no inconsciente

Estou passando por uma fase introspectiva e penso que isso tem algo a ver com a idade...rs O fato é que, ultimamente, tenho feito uma dobradinha de livros pra me ajudar a entender melhor o comportamento humano e nosso inconsciente. Consequentemente isso acaba sendo ótimo para o meu dia-a-dia como profissional de marketing já que, normalmente, falamos "consumidores" mas precisamos lembrar que estamos lidando com pessoas acima de tudo :)

Minhas últimas leituras foram "Subliminar" de Leonard Mlodinow e o famoso "O Ponto Da Virada" de Malcolm Gladwell. Vou falar um pouco sobre o primeiro e deixo o outro para um próximo post.

Em "Subliminar", o autor mostra como o inconsciente influencia nossas vidas em diversos aspectos como visão, memória e interações sociais. Isso abre um novo caminho caso você queira entender melhor as pessoas e tentar sair do "piloto automático". No caso da memória, como nosso cérebro não é capaz de processar tudo, por instinto de sobrevivência, ele troca a lembrança perfeita pelo filtro do que é capaz de processar. E é aí que entra nosso inconsciente encaixando as "memórias" de modo mais confortável. Casos de testemunhas, condenações erradas e experimentos científicos mostram claramente como isso acontece e deixam a leitura mais interessante. Como um experimento do cara que nunca andou de balão mas é levado a acreditar que sim. Sua família (participando do experimento) menciona o passeio quando ele era criança, mostra fotos (falsas, claro) e, ao final, sem saber que está participando de um experimento ele afirma já ter andado de balão e descreve a experiência com clareza, " lembrando"  de fatos e até sensações que na verdade nunca aconteceram.

Olhando as interações sociais o autor mostra que muitas são regidas pelo inconsciente, linguagem corporal e expressões que fogem do nosso "controle racional". Ele também explica como um outro mecanismo de sobrevivência do nosso cérebro, a classificação de pessoas e coisas, garante a continuidade da espécie mas nos leva à armadilhas como o preconceito social.

Ao final, dá uma certa agonia entender como nosso cérebro funciona como temos muito menos controle de nós mesmos do que pensamos ter. Mas, por outro lado, entender a raiz de alguns comportamentos como o preconceito, abre portas para tentarmos mudar.


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